Gastos mensais: como calculá-los e organizá-los? 

Pensa aí: como você divide o dinheiro que cai na sua conta todos os meses? 

Para quem deseja ter uma vida financeira equilibrada, a organização dos gastos mensais é uma questão crucial, embora muita gente não dê tanta importância a ela. É que gastar de maneira desordenada, sem planejamento, pode até mesmo fazer com que você perca uma valor significativo sem necessidade. 

Então chega de deixar seus gastos mensais “soltos” e ver o salário ir embora rapidinho. Aqui, vamos te ensinar como essas despesas podem ser divididas e qual é a melhor forma de organizá-las se você quer ver um orçamento mais folgado no final do mês. 

O que são gastos mensais?  

Pode parecer simples, mas é super importante começarmos com uma definição básica: quando falamos de gastos mensais, estamos nos referindo a tudo que você (ou sua família, ou sua empresa) precisa bancar todos os meses.  

Essas despesas incluem desde o valor que você paga no aluguel, por exemplo, até o dinheiro gasto com passeios e viagens. Na organização dos gastos mensais, é preciso levar em consideração que existem despesas fixas e variáveis, então nem sempre dá para prever a quantia exata que você vai gastar em algumas coisas. Ainda assim, é possível planejar as despesas e estipular limites. Aliás, esses são justamente dois pilares do controle de gastos mensais. 

Como controlar meus gastos mensais pessoais?  

Um bom controle de despesas, seja ele pessoal, familiar ou empresarial, parte de três princípios fundamentais: registrar, analisar e planejar. 

Os registros são o início de tudo. É essencial que você deixe todas as suas despesas anotadas! Pode parecer cansativo, mas é uma tarefa que fica mais fácil quando você sabe usar a tecnologia como aliada. Nossa sugestão é criar uma planilha de gastos mensais ou usar um aplicativo próprio para esse tipo de registro. Procure criar o costume de anotar todos os valores que você gastar. Até as compras pequenas entram! 

Mas não vale de nada registrar os gastos mensais se você não os acompanha: consulte suas anotações com frequência e analise bem as despesas. Quais delas são realmente indispensáveis? Com isso, pode ser que você perceba alguns gastos mensais que podem ser eliminados, o que já pode gerar uma boa economia. 

Além de tudo isso, é importante também planejar a forma como você vai gastar o dinheiro que recebe mensalmente. A forma mais comum de fazer isso é dividindo os gastos mensais em três categorias. Os gastos básicos são aqueles essenciais, absolutamente necessários para a sobrevivência: despesas com moradia, gastos com alimentação, contas de água e energia elétrica. Como você sabe, essas são as despesas que não podem ser cortadas sob nenhuma hipótese. 

Os gastos classificados como necessários, por sua vez, não são essenciais, mas continuam sendo importantes. Aqui entram despesas como mensalidade da faculdade, da academia ou do plano de saúde, por exemplo. Embora possam ser eliminados caso a situação aperte muito, esse tipo de despesa ainda deve ser priorizada sempre que possível. 

Por fim, os gastos supérfluos são aqueles dedicados a lazer, entretenimento e desejos de consumo, por exemplo. É claro que essas coisas continuam sendo relevantes na vida de todo mundo: “supérfluos” não quer dizer “insiginificantes”. Mas, de vez em quando, é preciso repensar os gastos mensais dessa categoria. Quando o dinheiro fica curto, eles podem ser reduzidos por um tempo até que as finanças estejam mais estáveis. 

E como organizar os gastos mensais de uma família?  

Bem, para organizar os gastos mensais da sua família, os princípios são mais ou menos os mesmos que você usa para ordenar seus gastos pessoais. 

Mas é claro que, quando falamos do dinheiro voltado para o sustento de uma família, o planejamento é um pouco mais complexo. Afinal, na criação do orçamento familiar, é preciso considerar os ganhos e os gastos de mais de uma pessoa. 

Nesse caso, a grande dificuldade é, muitas vezes, dividir as responsabilidades no que diz respeito aos gastos. Não existe jeito certo de repartir as despesas. Às vezes isso é feito de forma proporcional ao pagamento que cada um recebe, enquanto outras famílias preferem dividir tudo igualmente. O jeito é sentar e dialogar com todos os membros da família que trazem recursos financeiros para a casa. Assim, é possível estabelecer uma divisão que seja justa para todo mundo. 

Como começar uma planilha de gastos mensais?  

Beleza, já te contamos que o registro dos ganhos e gastos mensais é essencial para um bom planejamento financeiro. Mas, afinal, como se faz isso? 

A maioria das pessoas escolhe usar planilhas em softwares como o Excel ou plataformas online como o Google Sheets. Esse último até tem uma vantagem extra: pode ser editado a qualquer momento, de múltiplos dispositivos, o que pode ser útil no caso de planilhas compartilhadas com a família. 

Se quiser, você pode procurar modelos de planilha prontos na internet – o que não falta é opção –, mas também dá para montar uma tabela própria do jeitinho que você preferir. Não se esqueça de incluir colunas para anotar algumas informações essenciais, como: 

• Nome/descrição do gasto; 
• Valor da despesa; 
• Data/período em que o dinheiro foi ou será gasto; 

Inclua também uma linha no final da tabela para ir anotando o total, isto é, todo o dinheiro que já saiu. É possível até aplicar fórmulas para que o programa mantenha essa informação atualizada para você, e existem várias aulas gratuitas em vídeos na internet, que te ensinam a deixar tudo mais automatizado. 

Lembre-se também de separar as despesas fixas das variáveis. Você pode sempre deixar as fixas no topo da tabela, por exemplo, ou até mesmo criar abas diferentes para os dois tipos de gastos. Se você quiser, também pode separar os gastos supérfluos das outras duas categorias, para controlá-los com mais eficiência. 

Como estipular o valor ideal de gasto para diferentes categorias?  

Não existe uma resposta exata para essa pergunta. Cada pessoa ou família tem seu próprio jeito de definir quanto dinheiro é destinado aos gastos básicos, aos necessários e aos supérfluos. 

Entretanto, existem alguns modelos de referência, divisões que já deram certo para muita gente e que talvez possam te ajudar nessa definição. O mais famoso é o método 50-15-35, em que 50% da sua renda deve ser dedicada a gastos básicos e necessários e 15% vão para investimentos, pagamentos de dívida e construção da reserva de emergência. Os 35% que sobram ficam para os gastos supérfluos. 

Também tem o método 60-10-10-20. Nele, 60% da renda vai para os gastos essenciais e necessários, 10% para objetivos de curto prazo (como uma viagem) e mais 10% para objetivos de longo prazo (financiamento de um imóvel, por exemplo). Os outros 20% são dedicados aos gastos supérfluos. 

Embora esses modelos possam ajudar, eles não são fórmulas universais: na verdade, você pode usá-los como inspiração para fazer o seu próprio método de divisão, de acordo com as suas prioridades e com a sua realidade financeira. 

Dicas para diminuir gastos mensais  

Muitas vezes, a própria iniciativa de começar a acompanhar os gastos mensais já faz com que você diminua alguns deles. Afinal, com uma planilha de gastos atualizada, você vai percebendo para onde o seu dinheiro tem ido e consegue identificar despesas desnecessárias, que podem ser cortadas.  

É mais fácil reavaliar os gastos supérfluos: será que você precisa mesmo comprar mais uma blusinha ou tênis novo? Que tal buscar alternativas, como pensar em combinações com as roupas que você já tem? O importante aqui é conhecer suas necessidades e vontades para decidir o que deve ser priorizado. Assim, você direciona seu dinheiro de forma mais acertada. 

Nos gastos básicos e necessários, é legal buscar alternativas para conseguir algumas coisas por preços mais acessíveis. Pense nos seus gastos com alimentação, por exemplo. Às vezes dá para encontrar os mesmos produtos por valores bem diferentes no supermercado e na feirinha de rua do seu bairro. Se ligue em promoções, ofertas especiais e oportunidades de cashback, já que essas situações também podem proporcionar uma economia vantajosa. 

Por fim, lide com as suas pendências financeiras de maneira inteligente. Uma das formas de fazer isso é trocando algumas das suas dívidas por dívidas mais baratas, isto é, que tenham juros mais leves. Se você caiu no cheque especial, por exemplo, ou entrou nos juros rotativos do cartão de crédito, pode aproveitar o Provu Empréstimo Pessoal e usar o dinheiro para quitar o débito com mais tranquilidade. Assim, o impacto dos juros no seu bolso será bem menor. 

Conclusão  

Não adianta ganhar um bom dinheiro todos os meses se você não sabe direito para onde ele vai! 

A organização dos gastos mensais é um requisito básico para quem deseja economizar, sair do vermelho ou simplesmente melhorar a própria saúde financeira. Por isso, é indispensável que você anote todos os valores que saem da sua conta em uma planilha de controle de gastos, que precisa estar sempre atualizada. 

Também é importante dividir suas despesas em categorias: quais delas você considera básicas, necessárias e supérfluas? A partir disso, você consegue definir suas prioridades, cortar gastos e, é claro, planejar como será usado o dinheiro dos próximos meses. 

Para continuar aprendendo a administrar seu dinheiro de forma cada vez mais inteligente e a cuidar dos recursos da sua empresa e da sua família, confira nossos outros conteúdos aqui no Blog da Provu! Todos eles têm dicas valiosas sobre economia, finanças, empreendedorismo e outros temas essenciais.