Iniciador de pagamentos: o que é e o que significa para o Open Finance? 

Você faz muitas compras online? Se a resposta for sim, você provavelmente já esbarrou com um iniciador de pagamentos por aí. 

Hoje em dia, dá para fazer quase tudo pela internet. Comprar roupas, pedir itens de mercado ou da farmácia, pagar contas, transferir dinheiro: essas e muitas outras partes do nosso dia a dia já estão na rede há bastante tempo. 

E é claro que a tecnologia tem evoluído na velocidade da luz para deixar as transações virtuais cada vez mais rápidas e seguras. Prova disso é a criação do iniciador de pagamentos, recurso que nasceu para simplificar os pagamentos online. Aliás, se você tem uma loja virtual, essa pode ser uma ferramenta interessante para o seu negócio. 

Para te ajudar a entender melhor sobre esse assunto, criamos um conteúdo especial focado em te explicar direitinho o que é o iniciador de pagamentos e como ele funciona. Continua a leitura que a gente já vai tirar todas as suas dúvidas! 

O que é o iniciador de pagamentos?  

Imagine que você queira pedir um produto pela internet. Você conhece o caminho: basta clicar no botão de “comprar”, confirmar a transação para fazer o checkout, inserir o endereço de entrega e escolher a forma de pagamento. Geralmente, é nessa etapa que você abre o app do seu banco para pegar os dados do cartão ou colar o código do Pix, não é? 

Pois bem, o que o iniciador de pagamentos faz é justamente eliminar esse último passo. É uma tecnologia que, como sugere o nome, dá o “start” em transações de pagamento para que o usuário nem precise sair da aba ou página em que a operação foi iniciada. Com isso, além de menos trabalhosa, a ação de completar o pagamento fica também mais rápida.  

Então, voltando ao exemplo da sua compra: usando o iniciador, o processo de checkout seria inteiramente finalizado na própria página da loja e sem que você tivesse que abrir um aplicativo de instituição financeira.  

Quais os objetivos do iniciador de pagamentos? 

De maneira resumida, o iniciador de pagamentos foi criado para facilitar a vida de todo mundo. 

Para os consumidores finais, é uma forma mais prática de realizar transações financeiras que, sem esse recurso, envolveriam muitas ações manuais e um tempo bem maior. Em termos mais técnicos, é uma questão de diminuir a fricção das jornadas de pagamento, isto é, eliminar a necessidade de digitar dados bancários, autenticar a transação diretamente nos aplicativos dos bancos, etc. No fim das contas, a experiência de compra fica mais agradável. 

E isso pode até nunca ter acontecido com você, mas acredite: muita gente desiste de compras que envolvem processos de pagamento longos. 

Então outro objetivo importante do iniciador de pagamentos é reduzir as taxas de abandono de compras, o que pode ser fundamental para os donos de negócios digitais que sofrem com os altos índices de desistência por parte dos clientes. 

Como funciona a iniciação de pagamentos?  

O grande “pulo do gato” do iniciador de pagamentos, o fator que faz dele uma tecnologia tão inovadora, é o fato de que ele elimina intermediários nos processos de pagamento. 

Quando o cliente faz uma transação usando esse recurso, a ordem de pagamento é emitida a partir da conta dele diretamente para a conta do recebedor. Ou seja: o dinheiro não para em nenhum outro lugar antes, é uma transferência sem interrupções e realizada dentro de um único ambiente digital (o site de uma loja virtual, por exemplo). 

Aí é que muita gente fica com uma pulga atrás da orelha: será que essa facilidade toda deixa as transações menos seguras? 

Na verdade, é o contrário: com o iniciador de pagamentos, como as operações exigem menos etapas, os riscos de fraudes são bem reduzidos. Se você nem sai da plataforma inicial, tem menos chances de cair em uma página falsa criada por criminosos, por exemplo. 

Vale mencionar que o iniciador também não vai fazer com que o usuário pague algo sem querer ou conclua uma compra por desatenção. Para que a transação seja realizada, ela precisa ser autorizada e autenticada (com biometria, senha ou outra modalidade) pelo pagador. Só que isso tudo acontece dentro de uma única plataforma. 

Iniciador de pagamentos e Open Finance 

Se você acompanha as notícias sobre economia, mesmo que superficialmente, já se deparou com muitos “open”: Open Banking, Open Finance… esses termos se referem a uma dinâmica financeira que o Brasil vem desenvolvendo há algum tempo. E é a existência dela que permite a criação de ferramentas como o iniciador de pagamentos! 

O Open Finance é a evolução do Open Banking, um Sistema Financeiro Aberto em que as pessoas compartilham seus dados pessoais com as instituições financeiras, que também trocam essas informações entre si.  

Em outras palavras, no Open Finance, os seus dados bancários e histórico financeiro não ficam mais restritos aos bancos em que você tem contas. Outras instituições também podem acessar tudo isso se tiverem interesse em te oferecer soluções personalizadas. Mas calma! Esse compartilhamento sempre depende da sua autorização, que precisa ser renovada de tempos em tempos. 

O iniciador de pagamentos é uma das muitas soluções que integram o Open Finance. Afinal, ele depende dessa circulação facilitada de dados para conseguir conectar os usuários às instituições financeiras de maneira direta na hora de realizar pagamentos. Tudo isso, é claro, viabilizado e regulado pelo Banco Central. 

Pix e iniciador de pagamentos: qual a relação?  

Desde que foi lançado, em 2020, o PIX se tornou um elemento importante no cotidiano da maioria da população bancarizada. Ele é responsável, inclusive, por tomar o lugar do dinheiro físico (em espécie) em muitas transações.  

No mundo do comércio virtual, não é diferente: a confirmação imediata que o Pix oferece faz com que ele seja um favorito também nas compras online. A parte mais incômoda de sua utilização, para muita gente, era justamente toda a trabalheira de ter que copiar um código, abrir o aplicativo do banco, colar e depois passar por todas as etapas de autenticação. 

Então dá para afirmar que o iniciador de pagamentos veio para deixar o Pix ainda mais prático do que ele já era. Se você antes levava um minuto e meio para concluir um pagamento do tipo, precisará de poucos segundos nas plataformas equipadas com o iniciador. Com isso, espera-se que a popularidade desse sistema de transferências autenticamente brasileiro continue a disparar.  

Por que optar pela iniciação de pagamentos?  

Como mencionamos, a tecnologia de iniciação de pagamentos faz com que os clientes tenham experiências de compra mais fluidas e ágeis.  

Se você tem um e-commerce, além de diminuir o índice de desistências, saiba que a iniciativa de integrar um iniciador de pagamentos à sua plataforma também pode te ajudar a: 

• Reduzir custos operacionais. Afinal, como precisam de menos intermediários, as transações que usam o iniciador tendem a ser mais baratas; 

• Disponibilizar diversos meios de pagamento para os clientes com a mesma praticidade; 
• Receber pagamentos com mais rapidez; 
• Evitar fraudes e golpes. 

É por isso que muitas empresas, até de pequeno e médio porte, têm recorrido às aplicações de iniciação de pagamento. Muitas vezes, no fim do dia, é essa praticidade extra que garante um potencial maior de conversão – ou seja, mais vendas.  

Conclusão  

O iniciador de pagamentos é uma tecnologia que veio para ficar. Parte da agenda do Open Finance brasileiro, a ferramenta serve para gerar ordens de pagamento em transações online e permite que os usuários completem operações como compras virtuais com muita facilidade. 

Com alguns toques na tela, o iniciador conecta diretamente pagador e recebedor e o dinheiro não precisa passar por intermediários, o que torna as transações mais baratas e seguras. Não é à toa que o recurso tem sido muito aprovado pelos donos de e-commerces: com ele, as chances dos compradores desistirem de suas aquisições “no meio do caminho” são bem menores. 

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